segunda-feira, dezembro 13, 2010

Bayonetta - Bye Bye Dante



Sempre tinha ouvido falar muito bem de Devil May Cry. As aventuras do super cool Dante a distribuir porrada por uma data de monstros e bosses que atingiam proporções gigantescas. Tive oportunidade de jogar o 4 e detestei o jogo. Foi uma completa perda de tempo.

Bayonetta veio da mesma estirpe de DMC, mas, meu deus, é mil vezes melhor em todos os aspectos.

O jogo simplesmente elevou a fasquia para um novo nível. A nível de jogabilidade é francamente bom. Temos combates super frenéticos, cheios de combos e de momentos slow motion para desferir golpes a uma velocidade alucinante. E o mais fixe de tudo, é que o jogo mete pica só pela sua mecânica. Podiam tirar os gráficos, o som a história e iam continuar agarrados, pois o combate é mesmo do melhor que já vi num jogo de acção em terceira pessoa.

O grafismo não espanta, mas encanta, devido à direcção de arte absolutamente fantástica. Os inimigos estão francamente bem feitos e desenhados, os cenários estão porreiros também e as personagens são muito carismáticas. Aliás, pegando no exemplo da protagonista principal, a Bayonetta, a equipa perdeu horas e horas só a desenvolver o corpo dela (criaram uma deusa). É um jogo com uma marca muito própria e num mercado cada vez mais saturado com inimigos e cenários genéricos é bom encontrar alguém que rompa completamente com o que se faz por aí.
O jogo sofre alguns slowdowns aqui e ali quando as coisas começam a ficar loucas (too much shit on screen), mas tirando isso é um jogo competente no departamento técnico.



A banda sonora é linda também. Fly me to the moon a aparecer várias vezes e uma banda sonora bem disposta e arcadey complementam o resto. De referir também a épica música de Outrun no nível da auto-estrada.

Aliás...

Bayonetta é um jogo que não se acanha a mostrar o seu lado Geeky e Nerdy. Temos algumas alusões a jogos como Resident Evil 4, Outrun, entre outros. Para quem joga e está dentro desta cultura vai absolutamente adorar este jogo. Aliás em certas cut-scenes a equipa realmente abusa do bom senso. São cut-scenes completamente estapafúrdias inspiradas em animes... que confesso que no início me chocaram imenso, mas depois fui-me habituando.



Passei o jogo todo em 9 horas. E nessas 9 horas não encontrei muitas coisas que me irritassem. Apenas me irritou o facto de no final de algumas cut-scenes os inimigos iniciarem ataques sem escapatória possível quando ganhas o controlo da Bayonetta. O facto de haver repetição de bosses lá para o fim (é um mal dos jogos deste género infelizmente) e o facto de ser tão difícil comprar itens novos para a Bayonetta. São precisos mesmo muitos Halos para conseguirem comprar coisas fixes na loja do jogo.



Tirando isso é um jogo absolutamente brilhante e vale bem a pena estar na vossa colecção. Bayonetta para mim não só arrasou com DMC como também me deu sérias dúvidas se Ninja Gaiden continua a ser, ou não, o meu jogo favorito do género. Mas, se por acaso estiverem entre um Ninja Gaiden 2 e Bayonetta eu diria para comprarem Bayonetta sem pensar duas vezes. 

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