Devil May Cry 4 Review

É a primeira vez que compro um DMC, apesar de ter uma PS2 e de ter gostado de jogar o DMC3 na PS2 de um amigo meu, nunca cheguei a comprar um até agora. Felizmente a Microsoft convenceu a Capcom a fazer com que o DMC4 passasse a ser um jogo multi plataforma.

Para quem nunca jogou DMC a sério, este jogo pode ser um choque do caraças. Apesar de ter modos de dificuldade que até são fáceis, enquanto não soubermos usar os ataques dos nossos personagens o jogo torna-se complicado e chato. Felizmente eu consegui adaptar-me.

Começamos com Nero com o seu braço demoníaco que consegue causar destruição a níveis muito altos. À medida que nos vamos adaptando ao Nero começamos a perceber que o sistema de combate de DMC4 é um pouco mais complexo que apenas andar a fazer moche aos botões para ver o que acontece, à medida que vamos jogando e que vamos desbloqueando novos ataques, as coisas tornam-se bastante mais profundas que à primeira vista. Nero é a minha personagem preferida porque quando os inimigos baixam a guarda podemos desencadear ataques espectaculares com o braço do demónio, e estes ataques são especialmente lindos quando lutamos contra bosses.

Miúdas giras e perigosas!

Os gráficos são absolutamente lindos. Pegaram no motor gráfico de Lost Planet e conseguiram melhorá-lo ainda mais. Está excelente. Grandes cenários super detalhados, e a arte do jogo ajuda bastante também. Acho que é um dos jogos mais bonitos desta geração. O som também está bom, mas não é nada de impressionante.

Quando já começam a ser relativamente bons no combate com o Nero, Dante entra em cena e este é o segundo choque que os que nunca jogaram DMC vão apanhar. Dante é poderoso, mas tem demasiados estilos e armas para o meu gosto daí que enquanto jogam com ele nunca vão conseguir perceber afinal em que ocasiões devemos trocar de estilo ou usar outra arma... Outra coisa que sentimos logo falta é do braço demoníaco. Admito que foi um pouco lixado de início jogar com Dante, mas depois fui-me habituando e no final já estava a jogar mais ou menos fixe com o Dante.

O jogo até aqui não tem muitas falhas a apontar, aliás não posso dizer que a troca de personagens a meio do jogo é uma falha, pois até é fixe termos uma personagem a meio do jogo completamente nova, é porreiro para não nos aborrecermos. Também a quantidade de estilos e armas é fixe para variar um pouco a meio do jogo se quisermos. É um choque isso sim, mas um choque bastante benéfico para o jogo.

No entanto o jogo tem algumas falhas graves. A quest de Nero é ir salvar a Namorada dele, no processo passamos por vários níveis e quando o Dante entra em acção, lá vamos de ter de percorrer os mesmos níveis TODOS outra vez de trás para a frente, alguns têm algumas nuances mas são basicamente a mesma cena. Backtracking nunca foi tão mau, porque não só vamos ter de passar pelos mesmos níveis como vamos ter de lutar outra vez com os mesmos bosses. No final do jogo lutamos até três vezes com o mesmo boss o que é um pouco desapontante.

Este tipo aqui está sempre a aparecer...

Mas ainda assim acho que valeu a pena, este jogo é um dos melhores jogos de combate em terceira pessoa que existe no mercado e até à chegada de Ninja Gaiden 2 é melhor do que qualquer coisa que já saiu até hoje, no entanto o backtracking pode ser um factor bastante negativo e pode ser exponencialmente pior para quem quer desbloquear todos os acheivements pois requer passar o jogo em vários níveis de dificuldade (existem 6 níveis de dificuldade diferentes!).

Para quem é fã isto é um must buy, Nero é um excelente personagem, existem vários momentos cómicos com Dante, ou seja o jogo tem todos os ingredientes para satisfazer os fãs. Para quem é novo nestas andanças, tem um jogo com um sistema de combate com muitas possibilidades, embora possa ser muito repetitivo, para essas pessoas aconselhava a comprar o jogo, mas a um preço mais amigo tal como eu fiz.