domingo, agosto 19, 2007

BIOSHOCK - PREVIEW


Por esta altura quem tem a Xbox 360 ligada à Internet já deve ter tido a hipótese de experimentar o demo de Bioshock. Um dos demos mais esperados do verão do jogo mais esperado do Verão. O demo é fantástico e abre o apetite para adquirir BioShock mal chegue às lojas.

Tive a oportunidade de estar quase 3 horas a jogar a versão final de Bioshock, já existem algumas pessoas que conseguiram adquirir o jogo mais cedo do que o esperado e eu pode jogar uma dessas versões que escaparam às datas de lançamento legais.

O início do jogo é tal e qual como o demo. A única diferença é que no demo apanhamos poderes e armas muito mais cedo do que no jogo completo, para as pessoas terem uma ideia mais abrangente do que esperar do jogo sem haver muitos spoils à história.

Se me perguntarem por diferenças do jogo completo a nível gráfico, sonoro e de jogabilidade em relação ao demo posso dizer que aquilo que se vê no demo é aquilo que se vai ver no jogo final sem tirar nem pôr. Temos é uma opçãozita que faz com que o jogo fique com uma frame rate melhorada, mas perdemos privilégios como o V-Sync. Mas no entanto o jogo com os visuais no máximo comporta-se mesmo muito bem, o jogo corre sem muitas quebras na frame rate, e acho que ninguém vai querer desligar o V-sync só para ter mais umas frames por segundo, mas é sempre bom ter esta opção.

Para não fugir à unanimidade este jogo está um luxo. Tudo neste jogo roça o brilhantismo, parece que foi tudo metodicamente planeado, não vemos coisas como salas repetidas, texturas de baixa qualidade, Inteligência artificial pobre… É um jogo que em todos os aspectos está bom ou excelente.

Mal se começa a jogar é impossível parar, os cenários, os gráficos, o ambiente são tão cativantes que ficamos completamente emergidos no jogo. O jogo não é catalogado como um survival horror, mas em certos momentos mete mesmo muito medo. Em certas situações os habitantes decadentes de Rapture, usam luz e som para nos fazer passar da cabeça. Por exemplo numa secção onde todos contentes apanhamos uma arma nova e de repente as luzes apagam-se, ouvimos bastantes inimigos a aproximarem-se, até que um foco sobre nós se acende e somos atacados por vagas e vagas de inimigos por todos os lados. É fenomenal.

Depois temos as questões morais do jogo. À medida que vamos explorando a cidade submersa, deparamo-nos com os Big Daddy’s e as Little Sister’s. Ora para quem não sabe as Little sister’s são fabricantes e repositórios de Adam uma substancia que serve para comprarmos upgrades ao nosso ADN. No final de despacharmos os Big Daddy’s que acreditem não é mesmo uma tarefa fácil, temos duas opções. Ou matamos as Little Sister’s ou curamos as Little Sister’s. Ambas as escolhas dão-nos o precioso Adam mas quem escolher matar as Little Sister’s ganha o dobro do Adam do que quem escolhe salvá-las. Todos querem matar as Little Sister’s chamam-lhes de monstros, mas no final de a curar revela-se uma criança inocente. Devem existir muito mais escolhas e conflitos destes no decorrer do jogo, mas fiquem a saber que durante a minha sessão de jogo nenhuma Little Sister foi morta.

Ao longo da nossa viagem por Rapture também nos deparamos com as interacções que os habitantes do jogo têm uns com os outros, não é muito raro ver bandos de pessoas malucas a atacar Big Daddy’s para poder roubar o Adam às Little Sister’s.

Mas o que realmente é excelente neste jogo é as possibilidades que existem para dizimar os inimigos, existem tantas opções que é um pouco difícil o mesmo jogador passar um determinado nível da mesma forma que outro.

Ora que tal hackar uma torret e deixar ela fazer o trabalho? Ou que tal queimar os inimigos para eles irem a correr aliviar-se numa poça de água e dar-lhes com choque eléctrico? Ou então incendiar uma poça de petróleo e queimar toda a gente? Existem mesmo muitas formas de passar os níveis e à medida que vamos avançando no jogo e ganhando mais poderes, desbloqueiam-se exponencialmente novas formas de dominar os inimigos.

É realmente um admirável mundo. Simplesmente podemos fazer tudo neste jogo. Até dá para hackar as vending machines espalhadas pela cidade para pagarmos menos pelos items. Temos muitas escolhas tanto a nível psicológico e moral como a nível de combate. É um jogo que apesar de não ser nenhum Sim City ou jogo de construções nos deixa expandir a nossa imaginação no que toca a usar os recursos de Rapture para atingirmos os nossos objectivos.

Também fiquem descansados que este jogo vai ser bastante longo, mesmo para as pessoas experientes neste tipo de jogos. Só para terem uma ideia já tinha passado quase 3 horas com BioShock e mesmo assim não consegui fazer o primeiro objectivo do jogo.

Até agora, é sem dúvida o mais sério pretendente ao prémio de Game of the Year 2007.


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