Bem na verdade Lost Planet é um dos jogos mais quentes para animar o Inverno da Xbox 360. Esta é finalmente a minha review de Lost Planet. Para começar vou fazer a review em duas partes. Esta parte será do Single-player depois mais tarde irei dizer umas palavrinhas sobre o Multi-player, pois ainda não tive muito tempo para jogar online.
Lost Planet é uma grande produção da Capcom para a Xbox 360, é definitivamente um sinal de que as grandes Software Houses do Japão estão a dar cada vez mais suporte à Xbox 360. Lost Planet é um jogo de Sci-Fi onde somos um Pirata da Neve que teve uma perda de memória depois de uma luta terrível com um dos monstros que habitam no planeta. A nossa missão é descobrir o nosso passado e no processo rebentar com muitos bichos... claro que a história não se limita a matar monstros, existem muitas reviravoltas, muitos inimigos e personagens memoráveis, existe um plano diabólico que tem de ser parado a todo o custo. Bem a história apesar de não ser espectacular eu diria que cumpre bastante bem a sua função. Ou seja não é uma história completamente original, mas é boa o suficiente para vos manter a jogar o modo single-player. Definitivamente é bem melhor que a história de Gears of War.
Graficamente eu diria que este jogo é absolutamente fantástico. A Capcom desenvolveu por si própria um motor de jogo 3d chamado MT Framework, que possibilita a visualização de mais de 3 milhões de polígonos e isto sem quebras de Frame Rate (excepcionalmente lá existe uma redução da Frame Rate, mas nada de especial). Mas o que realmente impressiona é o detalhe nas animações. Nunca vi um jogo mexer-se tão bem. A forma como as personagens humanas se mexem nas cut-scenes é tão bom como na vida real. Os monstros então nem se fala, os movimentos são completamente orgânicos e credíveis. Comparando com Gears of War, perde um pouco nas texturas, mas para compensar ganha em termos de quantidade de coisas que aparecem no ecrã e nas animações. Outra coisa brutal são as explosões e efeitos de fumo, parecem reais. Também está brilhante a reflexão da luz das explosões na neve. Estes detalhes fazem com que Lost Planet seja um dos jogos mais bonitos que para ai anda. Portanto neste departamento o jogo não vos vai desiludir com certeza.
A nível de som o jogo também está brutal, a banda sonora acompanhar é de grande calibre, apresenta um orquestra que reproduz um som bastante épico e heróico. Gostei bastante da música do jogo. Outra cena brutal são os efeitos dos sons de algumas armas nomeadamente o lança mísseis. Os efeitos sonoros das criaturas também estão espectaculares. É um jogo que vale bem a pena ser jogado com um set de colunas 5.1. Realmente Lost Planet é muito bonito de se ouvir, vai com certeza fazer-vos saltar uma ou duas vezes da cadeira.
Sei que outras análises têm criticado a forma como foram escolhidos os controlos do jogo. Muito sinceramente acho que é uma crítica completamente estúpida. O jogo não é de qualquer forma afectado por apresentar uma disposição diferente dos controlos. Obviamente que no princípio irá requerer uma habitaçãozinha, mas não é nada que ao fim da primeira missão não esteja já resolvido. É um shooter bastante bom, tem muitas armas e muitos veículos por escolher. Apresenta coisas muito fixes como por exemplo tirar uma arma de um Mech e utilizá-la em combate, podemos trocar as armas dos mechs e de certa forma construir enquanto jogamos um mech com as nossas armas favoritas (desde que as encontremos pelo caminho claro). É uma sensação do caraças conduzir estes robots gigantes, sentimo-nos muito poderosos, a forma como os mechs estão animados, a forma como o rumble actua e o som faz-nos pensar que estamos mesmo a conduzir uma das armas mais poderosas do mundo, é brutal! Temos também um gancho que nos permite alcançar plataformas mais altas, dá muito jeito para certas situações. Portanto o que falha aqui nisto tudo é mesmo a AI dos inimigos humanos. Iremos ter que defrontar clãs de Snow Pirates e de lacaios da NEVEC mas eles são tão estúpidos que não dá gosto nenhum lutar contra eles. Acho até que os monstros são mais espertos que os seres humanos que defrontamos. Eles simplesmente parecem padecer de morte cerebral. Mas matar humanos é uma parte quase secundária no jogo, porque na verdade o que é fixe é lutar contra os monstros, os bosses e os Mechs. Essas batalhas são espectaculares mesmo e como a cena de matar homenzinhos maus só ocupa para aí 25% do jogo acho que no final das contas este nem é um grande problema.
A nível de longevidade o single-player é um pouco curto. Eu passei o jogo em 1 fim de semana, também é verdade que andei a jogar aquilo á bruta (bem achei o single-player tão fixe que não descansei enquanto não acabei com o jogo). Joguei em normal e o jogo durou-me umas 9 horas (de notar que não andei á procura de umas letras que têm a mesma função que as cog tags no gears of war, acho que já não tenho paciência para essas mariquices, mas para quem tem então podem adicionar mais uma hora ou duas). Achei o jogo um pouco fácil, mesmo nos bosses só encontrei dificuldades sérias em 2 deles. Existe outro nível de dificuldade acima do normal, mas é mesmo muito difícil.
E replay value tem? Absolutamente. Pelo menos é jogo que se passe 2 vezes ou 3 para caçar uns acheivements. Existem também batalhas de bosses tão fixes que vale a pena de vez em quando jogar outra vez. Gostei particularmente da última batalha onde a jogabilidade do jogo dá uma volta de 180º e transforma-se um pouco numa batalha épica entre dois super Mechs com um estilo muito parecido com o de Zone of the Enders.
No final acho que o jogo tem uma longevidade bastante decente para um shooter. O modo single-player dura o tempo normal de um shooter e existem níveis memoráveis que merecem ser “rejogados” (e nem estamos a falar do multi-player).
Este é seguramente um dos melhores jogos que saíram até hoje para a Xbox 360. Se gostam de shooters mas já estão um pouco fartos de Gears of War, Lost Planet é um excelente jogo para desanuviar das batalhas entro Cogs e Locusts. Aconselho a todos comprarem esta malha.
Vamos ter de admitir, o Xbox Live Arcade este ano não começou lá muito bem. Semanas sem jogos na quarta feira, lançamento de packs de expansão para jogos já existentes e os jogos que lançaram são reciclagem de clássicos da velha guarda, ou seja nada de realmente novo.
