segunda-feira, janeiro 31, 2011

Multiplayer forçado.

É certo que alguns dos jogos mais populares e que mais lucro dão hoje em dia têm uma forte componente multiplayer. Veja-se o caso do Call of Duty ou do Halo Reach, jogos que vivem muito para além do single-player graças aos seus modos online que fazem com que os jogadores fiquem agarrados por horas e horas.

No entanto muitos outros caem no erro de gastar tempo de desenvolvimento e programação em modos multiplayer que depois ninguém vai jogar porque são fraquinhos.
Muitas Software Houses ainda não conseguem admitir que não são boas a fazer modos multiplayer e que existem jogos onde o multiplayer simplesmente não faz sentido.

Por exemplo: Dead Space 2 tem um modo multiplayer bastante fraquinho e a crítica nesse ponto tem sido unânime, não é um modo de jogo como deve ser, teria feito muito mais sentido um modo co-op, por exemplo. Outro jogo que tem sido um flop nas vendas é o Assassin's Creed Brotherhood que introduziu o modo multiplayer nas aventuras do Ezio. Pelos vistos ninguém joga aquilo online.

Quando é que as produtoras de jogo vão deixar de obrigar os programadores a gastar imenso tempo e dinheiro na criação de modos multiplayer com a esperança que se torne num mega hit multiplayer como o Call of Duty ou o Halo Reach. E muitas vezes esse tempo de desenvolvimento da parte multiplayer mete em causa a parte singleplayer que muitas vezes parece inacabada.

É tempo dos grandes senhores da indústria caírem na realidade. É preciso muito talento e muita sorte para se fazer um mega hit multiplayer. Não esperem que basta criar uma arena com alguns jogadores ligados em rede para que comecem a jogar online e a pedir mais conteúdo multiplayer para continuar a jogar. É preciso foco.